domingo, 6 de junho de 2010

Previsto.


Tenho tentado não me torturar, mas com aqueles velhos pensamentos mórbidos. Finalmente ou fatalmente estou aprendendo a não olhar pra trás, esquecer quanto tempo faz. Finalmente por que isso um dia viria acontecer, tínhamos plena consciência sobre isso, no momento que duas pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra. Não te conheço mais, não sei o que faz, aonde vai ou com quem vai. Ás vezes penso com certo rancor que talvez jamais tenha conhecido. E fatalmente? Isso era o que me restava de ti, as lembranças, ingenuamente junto com a esperança. Preferiria essa pouco de agora a esse nada que se aproximo, eu sinto. Ainda teria algo seu em mim.. Levanto então e encosto a porta devagar, conferindo num ultimo gesto inocente, com os olhos fixos no vão.. É, realmente é muito tarde, não estaria ali, nunca esteve.. Apago a luz. Hoje depois de meses dormirei com alguma certeza, não irá mais voltar. Se foi por inteiro. Enfim, não é mais metade de nós dois em mim.

Escrito por: Carol G.

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