segunda-feira, 19 de março de 2012

Que o tempo escorra pelos dedos.

Você sorri tímida, comprimindo os lábios na tentativa de abafar o ruído escancarado da risada. De antemão percebo a inquietação por ainda achar graça nas minhas piadas nada engraçadas. A atitude me faz sorrir de volta, e me pego te encarando diretamente nos olhos, você desvia o olhar, como o esperado, como sempre.
- Eu não entendo esse medo de me olhar...
- Eu não entendo como você consegue olhar para outra mulher como me olhava... Mas não quero pensar nisso. Ficarei com raiva, e não quero sentir nada similar por você.
- Não é o mesmo olhar. E o cuidado, o carinho... Jamais serão o mesmo.
- Duvido! Eu não conheço alguém que tenha tanto carinho para dar. Eu aprendi com você, tudo.
- Não estou dizendo partindo daqui, estou dizendo partindo de lá... E o problema não são elas, o problema sou eu. Me acostumei mal. Você me acostumou muito mal.
- Me doí... Você sabe, todo meu carinho é seu.
- Não mais que doí em mim.

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