quinta-feira, 26 de abril de 2012

Algum dia você entenderá.

Engraçado, quando muito pouco é possível, tudo é possível... Pensei nisso enquanto folheava o jornal da manhã anterior. Ter de aprender a preparar meu próprio café todas as manhãs, me deixava esgotado o ponto de nunca mais ter lido o jornal em seu clico normal. Era uma mistura de tédio e dor. Ver seu lugar a mesa vazio me dava uma sensação péssima... De que o mundo lá fora não me importava nem um pouco. Já me bastava acordar todas as manhãs, ás 7:00 gravadas e ser condescendente o suficiente para lidar com toda aquela sujeira; as pessoas.  Quando criança, tudo que queremos é crescer, ser adulto. Me faço a mesma pergunta frenquentemente... O que é exatamente ser adulto? Tenho quase 20, e a cada final de dia me sinto mais inexperiente. Em certa idade, tudo que pedimos em aniversários é não fazer mais aniversários. A louça permanece suja sobre a pia por dias, me falta aquela sua mania de organização, em deixar tudo no seu devido lugar, e limpo... Bem limpo! Suas roupas jogadas no pequeno sofá do quarto continuam exatamente como você deixou. Sei que quando as coisas ficarem difíceis, quando as pessoas voltarem a te cobrar mais do que você consegue dar... Ou simplesmente quando precisar se sentir a mulher mais amada do mundo, é para meus braços que sempre volta. É nesse peito que repousa a cabeça e dorme tranquila... Sem medo algum. Na manhã seguinte ao abrir os olhos, vou fitar seu corpo minúsculo ao lado da cama, dobrando suas camisas e as guardando junto as minhas. Também sei que não adiantará fingir que ainda durmo... Pois você usará seu tom de voz mais terno para me alertar que é meu dia de lavar a louça. Como posso ter tanta certeza que será exatamente assim? Porque sempre foi. Porque não há no mundo quem te espere com tanta devoção.  É que sei te cuidar como ninguém mais saberia ou ousaria fazer. Quem mais cantaria com a voz rouca ao pé do teu ouvido: Quem é mais sentimental que eu?

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