Você tinha absolutamente tudo que queria. Eu sempre dispensei
quase tudo que me era oferecido. Éramos parecidas de formas completamente
diferentes. Tínhamos simetrias ostensivas. Fomos tudo que sonhamos. Fomos tudo.
Fomos tanto, que não soubemos cultivar tamanha beleza, nos perdemos como tantos
outros casais, no eterno abismo do medo, da insegurança. Poderíamos ter feito
história, talvez escrevessem sobre nós, revolucionaríamos nações que se
encontram completamente imparciais. Não soubemos, não conseguimos. Covardes.
Fomos nada. Somos nada.
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